domingo, 30 de setembro de 2007

Sons...

Como pessoa muito (leia-se "demasiado") atenta à fonética, decidi partilhar um pensamento muito meu...

As palavras são a atribuição de um conceito a um som... O som (ou grafia) de uma palavra remete para um conceito e, assim, temos as palavras...

Vamos portanto dissociar o conceito da palavra e ficamos apenas com o som...

Há uma palavra que me perturba profundamente... "bóia"!

Imaginem só o som... para o conseguirem, repitam a palavra ao ponto de já apenas dizerem apenas o som, por já não estarem a pensar no conceito...

Desconstruida a palavra "bóia", pensem: como é que na língua portuguesa, este som tão estúpido pode dar origem a uma palavra?

Muito a sério... é uma palavra que, foneticamente, cai no ridículo...

sábado, 29 de setembro de 2007

29 de Setembro...

Cheguei ontem... mini stress em minha casa... acalmei... vim ter aqui... matar saudades num instante e mudar de roupa (não! já está frio para calções... decididamente...)...

Fomos ter a casa da Isabel, minha madrinha, de seguida jantar... (salvo seja...)

Jantámos no mesmo sítio onde, há um ano, um mês e onze dias, tinha feito o meu jantar... nunca mais lá tinha voltado... demorará até lá voltar novamente...
Serviço mau... comida demorada... e falta de profissionalismo... tenta-se ser tão "posh" e acaba-se por se ser ridículo... tantos salamaleques e... não se viu nada de "superior"...

Voltámos a casa dela... alguma conversa...

De seguida fomos ao bar (e fui eu que fui arrastada)... Lá ficámos até às tantas... Casa e... soube bem voltar a sentir a cama que deixei no domingo... o cheiro de tudo... a envolvência (surroundings)...

É bom acordar e, com a luz da manhã, abrir os olhos... ver o que existe... um sorriso...

Ainda acabei por ficar mais algum tempo na ronha... (quem? eu? nah!)... custa saber que fico sempre com mais horas dormidas...

Fui a minha casa estender roupa... já era perto da uma... Ainda tive ajuda de uma pessoa que me é muito especial para tratar de um "assunto delicado"... (muito delicado... bichos de 8 patas...)...

Regressei aqui... dia de limpezas... todo o gosto em ajudar... ao fim e ao cabo, é aqui que passo os fins-de-semana...

Esta entrada no blog é mais um mini diário... não é uma exposição, uma reflexão ou um daqueles textos que "procuram" comentários... apenas apeteceu libertar as minhas últimas 24 horas...

Amanhã por estas horas já estarei a pensar no tempo... sim, aquele que, por vezes, tarda em passar...








Distância cruel...

Tempo...

O tempo que passa.. o tempo que voa... apenas o tempo...

Tempo que por vezes tem um passo acelerado... tempo que por vezes parece adormecido em si próprio...

Semanas que simultaneamente passam a correr e demoram meses a passar... 5 dias que se parecem esfumaçar... mas que duram uma pequena eternidade...

Sabes o que é 5 noites sem ti?

...

sábado, 22 de setembro de 2007

Palavras... Pontes...

Estou por casa...

Escrevo à toa... Já me lembrei de imensas coisas sobre as quais escrever, mas agora nem de uma me lembro...

Ontem à noite (...) lembrei-me do filme "O Efeito Borboleta"... as voltas que o mundo dá... Só de pensar que toda a minha vida recente teria sido tão diferente se não tivesse ido ao jantar ao qual a minha madrinha me convidou... Ainda bem que fui!

E todas as pessoas que fazem parte da nossa vida de forma valorável? Se, no momento em que as conhecemos, não tivesse havido aquele pequeno momento de abertura, como um anzol que entra e prende... Toda a nossa vida mudaria... Um café não tomado que faria com que aquele tempo fosse ocupado de outra forma... Profissões diferentes até... Uma vida diferente... "Um bater de asas de uma borboleta..." (Ah pois é!)

Depois temos também o conhecer de pessoas e as pontes que essas significam...

Quando ficam em nós feridas ou cicatrizes é muitas vezes necessário encontrar uma pessoa que seja a "ponte"... A pessoa que não é "the one" mas que nos leva à abertura... ao acreditar que é possível um alguém no futuro... um "estar" sem "estar"... Uma pessoa que nos faça pensar que há um futuro e um amanhã...

Lembrei-me de uma mensagem: "Eu penso que ninguém se conhece no momento errado, mas sim em estados, fases da vida que por vezes não nos deixam ver as coisas..."

Esta mensagem foi recebida quando havia algo que não me deixava ver... Era eu que dizia "Entraste na minha vida no momento errado...", pensando que a ponte que tinha tido teria sido, especificamente, para outra pessoa...

Pontes... Pessoas que nos fazem transicionar... avançar... Não terá sido essa mesma "margem" ainda parte da ponte? Provavelmente... Ao fim e ao cabo a ponte não acaba, vão-se acrescentando tábuas à medida que vamos vendo as coisas, ultrapassando ou vivendo as fases da vida...

Havia um querer do que nunca iria ter... essa segurança dava-me forças por, simplesmente, não me dar medo... agora, distanciada apercebo-me das coisas... O saber que nunca se iria passar nada dava-me uma segurança enorme... Foi essa a última tábua da minha ponte... que me permitiu a entrega que sinto e tenho hoje...

Espero ter alcançado a margem...


(Reli o texto muito na diagonal... decididamente, estar uma semana sem escrever faz mal à Língua Portuguesa...)

sábado, 15 de setembro de 2007

Fim-de-Semana...

Torna-se estranho apenas poder escrever aqui aos fins-de-semana...

A verdade é que hoje o cansaço está em cima de mim... Ontem (sexta-feira) acordei pouco antes das sete após escassas horas de sono... E apenas com cinco horas e pouco dormidas tive treino físico de manhã... (que bom!)...

Cheguei cedo mas tinha duas máquinas de roupa para lavar...

Vim a esta casa, de onde escrevo, jantar...
(Sabe bem estar contigo...)

Fomos depois "beber café" a casa de umas Amigas!
Garrafa de Cutty acabada vamos para o bar... ver o espectáculo que sim!, foi um espectáculo! (alguém sabe se posso colocar um ponto de exclamação e uma virgula? gostei mas acho que não, mas acaba por transmitir mais entoação...)

Caipirinhas e Cuttys à mistura, a verdade é que acabou por ser uma noite como já não tinha há muito, com pessoas com quem já não estava há também muito...

Tudo isto para concluir que me deitei por volta das onze da manhã...

Apetece-me mudar de assunto...

Quero dar os parabéns à Selecção de Râguebi. Haja problemas no futebol e comecemos a olhar para outras modalidade que nos dão orgulho e fazem sentir a verdadeira alma lusitana... (É esta coisa nova do "ah e tal defender a pátria" que há em mim)...

No ano do Mundial de Futebol da Coreia, em que Portugal fez aquela triste figura, tivémos uns quantos campeões do mundo de Kickboxing... Sem apoios estatais que se possam comparar...

Haja Vanessas Fernandes a correr por amor à pátria, haja Dinas Pedros e Nunos Neves, haja Luíses Reis e centenas de outros atletas...

E estou toda negra da noite de ontem... au!

E como também não apetece escrever mais...

Vou (vamos) comer uma ameijoazinha a casa das Amigas de ontem...

Cumprimentos a tod@s... pode ser que amanhã saia um texto mais "coiso" (pequena alusão às conversas de quarto da camarata)...

domingo, 9 de setembro de 2007

Alegoria da Caverna…













Estava eu agora a cortar uma fatia de queijo, quando me lembrei de algo que já não oiço dizer há imenso tempo: o queijo faz-nos esquecid@s...

Lembrei-me do facto de ter uma capacidade de memória minúscula e pensei: como será ter uma memória que faz lembrar das coisas? Como será não esquecer?

Isto remete para situações da neuro-psicologia que não sou capaz de responder apenas por não ter conhecimentos suficientes… Mas… E se tivéssemos capacidades diferentes? Porque, ao fim e ao cabo, pensamos sempre que todos os outros são iguais a nós… e é aí que entra a intolerância… Não toleramos quem se esqueça de mais coisas que nós, não toleramos quem seja menos pontual que nós, não toleramos alguém que não memorize tão bem nomes como nós… este “nós” é relativo… Eu tenho uma capacidade enorme para fixar números e não consigo fixar nomes, nem coisas que tenha para fazer… A minha capacidade de concentração é tão reduzida que tenho de condicionar certas situações para conseguir fazer certas coisas… No entanto, consigo fazer várias coisas ao mesmo tempo, como cantar uma música e estar a escrever um texto, noutra língua... Havendo, neste caso, um duplo trabalho do mesmo lóbulo, o da linguagem...

Tudo isto tem a ver com as nossas capacidades cerebrais… Mas a minha pergunta mantém-se e é isso que me faz pensar hoje: e se o meu cérebro tivesse capacidades diferentes??? Como seria não me esquecer das coisas? Como seria ter um cérebro organizado que sabe tudo o que tenho para fazer e estrutura as coisas de forma a conseguir realizá-las eximiamente?

Acabei por perceber que todos vivemos na nossa “Alegoria da Caverna” neurológica… esquecemo-nos apenas que somos todos diferentes, vivemos realidades neurológicas diferentes… e vou continuar a comer queijo… porque adoro queijo!

sexta-feira, 7 de setembro de 2007

Casa.. Feitiço vs Feiticeiro...

Regresso a casa, após 4 dias de torturas físicas...

Estranhei a cidade... estranhei as ruas... estranhei as rotundas... apenas 4 dias... parece que foram 2 meses...

Estes 4 dias (teoricamente 5) passados sob o sol infernesco do Alentejo foram uma prova de ambição... mas... heart vs mind... onde é que já li isto?

Por um lado, estou a seguir um sonho... algo que já vem desde os meus 3 anos ou menos (eu é que não me lembro de muito)... mas um sonho que está a custar muito, mas mesmo muito a conseguir... Por outro lado... há um outro lado... há um querer de companhia que não tenho lá em baixo... há uma falta enorme...

Com isto não estou a dizer que me sinto só lá na pasmaceira, desprovida dos meus amigos... não é isso que estou a afirmar... Apenas afirmo que falta "the one"...

A frustração no meio disto tudo é eu sempre ter sido pouco crédula quanto a distâncias... e eis-me a viver uma... e eu, com a porta que estava fechada e sabendo que me ia embora, cometi um acto louco de deixar entrar alguém... assim sem mais nem menos, apenas porque sim... e terei de viver com a distância... e custa...

Ah... isto porque cheguei acgora a casa depois de ter ido para o Alentejo (sim, tem estado fresquinho) no Domingo... Custa-me estar longe desta cidade... no entanto, estranhei ao voltar... a minha casa não é aqui agora... sinto-me na casa de pessoas conhecidas, enquanto que estou numa casa que está em meu nome...

Agora olhei em volta e tive a estranha sensação de nem ter saído...

Não sei... é tudo estranho demais...

O pior, para além da "distância", confesso ser a sensação de "Big Brother"... ao que parece houve incêndios para estes lados, houve um assalto qualquer que levou a uma mega operação STOP e faleceu Luciano Pavarotti...

Apenas sei isto desta semana toda... mas não sei nada... só sei o que me contaram por alto... "Olha, passou-se isto e isto..." Pouco mais fico a saber... e com as dores musculares que tenho, confesso que nem vou ligar a televisão... Amanhã compro um semanário ou parecido...

Levei um bloco A5 comigo... como sempre que viajo... no entanto... escrevi no comboio entre 7 Rios e aquela terriola perdida ali na zona quentinha do Alentejo Interior... e escrevi um pouco na noite do dia seguinte... Mas nada de jeito... o cansaço coporal e físico causaram um bloqueio... dos grandes... pode ser que até ao próximo domingo possa escrever um texto bem estruturado... que já vi que lá em baixo o cérebro frita!

sábado, 1 de setembro de 2007

"Foi você que pediu?..."














Mandaste-o vir... eu guardei-o...

Enviei-to por mail na versão original.
Por motivos de tamanho tive de reduzir a qualidade para a poder pôr na Net.