quinta-feira, 18 de dezembro de 2014

R....

Ultimamente, temos falado muito... partilhado muito... (hoje, 52 páginas de texto, sem espaçamento entre linhas e sem formatação... tamanho 11)

Curioso ler alguém que se sente no mundo da mesma forma que eu... Tão semelhantes e tão díspares ao mesmo tempo... as bases por baixo de tudo são as mesmas, muda apenas a forma e a capacidade de enfrentar o mundo diariamente...

Curioso como percebes a minha solidão... Como percebes frases como "ser triste ao lado de alguém"...
"Gostava de não me sentir só... e sei que consigo "ser triste ao lado de alguém"... mas não custa sonhar...
- Ser triste ao lado de alguém. É isso e apenas isso que procuro."

Quando estas conversas fazem sentido... há um misto de "bliss" e de maior solidão... Porque é tão difícil encontrar alguém que perceba as palavras... que não veja egoísmo ou arrogância e que perceba "não há tom"... 

Poder debater sobre a racionalidade irracional da partilha equilibrada... aquela que alguém decidiu que deveria ser, universalmente, 50% para cada lado... Que coisa mais sem sentido... Não se pode exigir nas mesmas quantidades aquilo que não se produz de igual modo... 

Quando a percepção é diferente, toda a realidade é diferente... toda a vivência e a absorção dos sinais e dos impulsos é diferente... 

E as conversas fogem entre linhas e entradas... deslizando como se sobre um lago de gelo... ganham velocidade e fazem curvas... cruzam-se e seguem caminho para mais à frente se voltarem a cruzar... De repente, passaram-se horas sobre o gelo...