quinta-feira, 18 de dezembro de 2014

R....

Ultimamente, temos falado muito... partilhado muito... (hoje, 52 páginas de texto, sem espaçamento entre linhas e sem formatação... tamanho 11)

Curioso ler alguém que se sente no mundo da mesma forma que eu... Tão semelhantes e tão díspares ao mesmo tempo... as bases por baixo de tudo são as mesmas, muda apenas a forma e a capacidade de enfrentar o mundo diariamente...

Curioso como percebes a minha solidão... Como percebes frases como "ser triste ao lado de alguém"...
"Gostava de não me sentir só... e sei que consigo "ser triste ao lado de alguém"... mas não custa sonhar...
- Ser triste ao lado de alguém. É isso e apenas isso que procuro."

Quando estas conversas fazem sentido... há um misto de "bliss" e de maior solidão... Porque é tão difícil encontrar alguém que perceba as palavras... que não veja egoísmo ou arrogância e que perceba "não há tom"... 

Poder debater sobre a racionalidade irracional da partilha equilibrada... aquela que alguém decidiu que deveria ser, universalmente, 50% para cada lado... Que coisa mais sem sentido... Não se pode exigir nas mesmas quantidades aquilo que não se produz de igual modo... 

Quando a percepção é diferente, toda a realidade é diferente... toda a vivência e a absorção dos sinais e dos impulsos é diferente... 

E as conversas fogem entre linhas e entradas... deslizando como se sobre um lago de gelo... ganham velocidade e fazem curvas... cruzam-se e seguem caminho para mais à frente se voltarem a cruzar... De repente, passaram-se horas sobre o gelo...

quinta-feira, 20 de novembro de 2014

Neo-punk-emos.....

3 horas ao espelho a produzirem-se para parecerem "desleixados"... 30 piercings e uma carrada de tatuagens...

A sério.... não tenho pachorra....

Muita tinta e pouco livro....

quarta-feira, 19 de novembro de 2014

Do pai e da mãe...

Hoje, no trabalho, encontrei "uma padre"... acompanhada do marido...

Não me chocou, de forma alguma, ser padre e/ou ser casada... Senhora já nos seus sessentas...

Fiquei a pensar no quão a "Igreja" limitou a terminologia, obviamente um misto de deliberadamente e de inocentemente... Sabiam lá os senhores da altura que, dois milénios depois, haveria "mulheres-padre"...

Em inglês, há father e priest. Neste caso, o termo correcto será priest.

Por questões militares, sei que o termo "priest", deriva de provost (latim comum), que, por sua vez, deu origem à palavra portuguesa "preboste" (que inúmeras vezes usei - e uso).

Pensei então na realidade portuguesa... as mulheres são freiras, classe inferior quando comparadas aos padres. Hierarquicamente, poderão chegar a madres. Entramos, novamente, no latim: padre e madre - pai e mãe... (Até quando falamos, o pai vem sempre primeiro...)

As mulheres, sendo "padres", estão a ser pais?

quarta-feira, 1 de outubro de 2014

Amar...

Quantas e quantas teses escritas sobre este tema... cada qual com a sua interpretação...

Hoje percebi... (ainda) amo... bem após a fase da paixão... aquilo que fica... o metal que derrete e que se funde...

Esta estranha obsessão pelo pormenor das palavras e, assim que uma frase foi escrita de forma diferente, o inconsciente a expressar-se... será? talvez! serei eu a ler o que quero? terá sido um "deslize" involuntário numa escolha tua de palavras? mas a escrita é gráfica... e pode apagar-se quando não é o que queremos verdadeiramente dizer... ser estruturada vezes sem fim antes do premir da tecla... ao invés da palavra sonora, que quando mal proferida ou sem intenção já ficou retida no tempo... Sou eu que leio o que quero... só pode... Sabes mais do que isso... nunca usarias aquele plural com a intenção e interpretação que lhe dei... Sabes como (modo) leio... mas não sabes como (estado) estou a ler... com o coração a beber as tuas palavras... Ai, distância nefasta!... ou, talvez, a distância que separa da dor... A incógnita... Irá haver algo mais? Ou apenas esta dúvida que arrastarei comigo ad aeternum? Dava-te o mundo se o quisesses receber de mim...

O que eu gostava de te poder dizer, sem medo, tudo o que permanece há anos em mim... o quanto vejo em nós a perfeição... a cumplicidade... o entender... o falar sem proferir uma palavra sequer... Sei ler-te... e tu a mim... Como ninguém...

quarta-feira, 24 de setembro de 2014

09/09/2003

She called me into her room... Although she couldn’t play, she sat by the grand piano. The room was dark but some bursts of light pierced through the blinds.

The chaos of the random notes and her bare skin made me shiver.

"Come play" - she said.

I approached her... I leaned towards the piano.

She ran away from it. She laid on her bed and covered herself with the blue satin sheets.

I sat on the stool and got ready to play.

As I sat I could feel exactly where she had been sitting... the warmth of ther thighs and her wetness were still present.

I started playing.

"No" - she said - "Don't play the piano."

- "Uh?

"Play me instead"

She threw the sheets aside.

Her body beautiful as always.

The rain outside grew stronger but the only times her voice and her sounds came weaker was when the thunders were stronger.

Her voice and her sounds blended with the rain and the thunders made me stronger...

That loving chaos of love drove me out of myself.

Sonhos...

Hoje sonhei contigo, D.... e o estranho é que só devemos ter falado umas poucas vezes na Escola...

Interrogo-me... o que significa este sonho? Como pôde o meu subconsciente ir buscar-te, no meio de tanta gente?

sábado, 23 de agosto de 2014

O dia de hoje...

... dói como se estivéssemos, novamente, a acabar...

quinta-feira, 14 de agosto de 2014

Sonhar contigo...

Esta noite sonhei contigo... não te vejo há anos... nem sei como estás...

Conversámos... disse-te não perceber muita coisa... Disseste que tinha de ser assim...

Combinámos coisas... Fiquei de passar em tua casa...

Acordei... tive alguma pena de não ter, efectivamente, falado contigo...

Saudades das nossas conversas...

Desilusão...

Quanto mais sei do mundo e das pessoas que me rodeavam e que escolhi afastar, mais triste e desiludida me sinto... "Desilusão" no sentido mais usado e "Des+ilusão"... de sair da ilusão...

Há coisas que dói saber... Podemos concluir que há pessoas que, se calhar, não seriam como se pintavam... mas o saber que há mentira baixa... é desprezível... Há gente que não merece a mão que se lhes deu...

sexta-feira, 4 de julho de 2014

Pensamento...

Penso muitas vezes em ti... Não te vejo há tantos anos...

É frequente sentir o teu cheiro... pelo menos, o cheiro que ficou na minha memória... Consigo senti-lo inopinadamente... de repente... inunda-me... Sem algo sequer transportar esse aroma...

Aquele CD continua a levar-me a sítios onde estivemos... a momentos tão nossos...

Penso em ti muitas vezes... Quanto tempo já passou...

Terás cabelos brancos? Rugas? Ainda usas o mesmo perfume? As tuas mãos envelheceram?

Quem és?

sábado, 17 de maio de 2014

O teu cheiro...

Hoje alguém tinha o teu cheiro... ainda o sinto...

Vieram memórias de noites proibidas... de quando o teu cheiro ficava em mim...

Noites nossas... noites clandestinas...

Noites que não se irão repetir... apenas memórias na minha mente, que vivo quando alguém com o teu cheiro passa junto a mim...

quarta-feira, 26 de março de 2014

26MAR

Há dias assim... e, ultimamente, têm sido todos... de um sentimento estranho de saudades de alguém que fui no passado... de um passado... olho para os meus passados e quero um bocadinho de cada... e o peito aperta... o coração sufoca... viajo anos no tempo... e há passados mais fortes... e a música todos os dias na cabeça quando acordo... podia ser "the movie on my mind"... silêncio que não percebo... anjo és? Folhas que caíram e apodreceram no chão... depois da chuva... sinto cheiros... e eu que não gosto de mentol... irei ter sempre comigo o cheiro do livro... Não te sinto... não és real... quem és tu, soma de passados que o tempo deixou... o presente que mistura passado com outros mundos e que inverte o tempo... e vive-se o que não é real... faz-se um futuro do passado... o passado que nunca será futuro mas que está algures no presente... mas, assim, também é futuro... o futuro é um nano-segundo... E quer-se o mundo... e vive-se devagar... e tem-se o mundo... e se os sonhos são realidade, como se vive sem sonhos? Luta-se por quê? Por um quem? Um quem de que cronologia? Da que construímos ou da que nos construiu?
E depois o outro perguntou: quem sou eu?