Há anos que fujo dos meus demónios... Não os conheço e sei-os de cor...
Fugas repentinas, quase sempre "profissionais"... Planos elaborados de fuga do meu mundo... de auto-flagelo e de punição... Quase sempre correm mal...
A minha "primeira fuga", há quase oito anos, falhou por ter cedido ao lado humano do conforto... Com isso, caí num segundo abismo... Levantei-me... Ergui-me... Lutei... Estabilizei... Fugi de novo... Há coisa de um ano planeei tudo do novo...
Desta vez, consegui a fuga... Sinto a punição e cada segmento do meu auto-flagelo... Sempre que chego a casa, ao quarto... Sinto a dor que, conscientemente, construí... e que agora rejeito... e, por a rejeitar, mais dor causa... e mais forte é o auto-flagelo... Uma bola de neve... Quanto maior a dor, maior o desejo de não a sentir... maior a dor que sinto...
Não sinto onde estou... este "não-lugar"... Este espaço físico que sabe a um momento de dormência... de não-existência... de não-real...
Mantenho-me longe... dos demónios... de mim...
1 comentário:
A descrição à direita é engraçada comparando-a com o conteúdo deste texto (por exemplo) pois o que está escrito aqui é demasiado real para ser ficção.
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