terça-feira, 11 de março de 2008

Borracha...

No outro dia, após uma conversa na net, pus-me a pensar (sim, sei que por vezes é perigoso)...

Se colocarmos o coração de que se fala no sentido amoroso no local do nosso coração real, músculo que bombeia o sangue, podemos dizer que amar é como esticar os braços à espera de um abraço envolvente... Esticando o peito... a carne...

Então um coração destroçado é como cortar essa pele como se de borracha se tratasse... uma borracha esticada... tão esticada como o peito... e sentir um bisturi entrar nessa borracha... a borracha, de esticada, rasga... abre... separa-se...

Para voltar a unir é preciso fechar os braços... encolher e recolher o peito... fechar... (fechar em copas: corações... que alusão!)... deixar fechar e esperar que com o tempo, a borracha se molde (talvez alguma parte seja queimada para derreter) permitindo unir as partes apartadas...

Quando for altura de esticar de novo a borracha, ela será e estará una... ver-se-á a marca do corte... a cicatriz na borracha... poderá sentir-se ao tocar... Talvez já não estique tanto... ou talvez esteja de forma a poder esticar mais... depende da forma como foi "tratada"...

Mas estica, de que modo seja... ou para um novo corte... ou para se unir a outra borracha esticada... encaixando entre cicatrizes e cortes... fundindo numa só borracha...