domingo, 9 de setembro de 2007

Alegoria da Caverna…













Estava eu agora a cortar uma fatia de queijo, quando me lembrei de algo que já não oiço dizer há imenso tempo: o queijo faz-nos esquecid@s...

Lembrei-me do facto de ter uma capacidade de memória minúscula e pensei: como será ter uma memória que faz lembrar das coisas? Como será não esquecer?

Isto remete para situações da neuro-psicologia que não sou capaz de responder apenas por não ter conhecimentos suficientes… Mas… E se tivéssemos capacidades diferentes? Porque, ao fim e ao cabo, pensamos sempre que todos os outros são iguais a nós… e é aí que entra a intolerância… Não toleramos quem se esqueça de mais coisas que nós, não toleramos quem seja menos pontual que nós, não toleramos alguém que não memorize tão bem nomes como nós… este “nós” é relativo… Eu tenho uma capacidade enorme para fixar números e não consigo fixar nomes, nem coisas que tenha para fazer… A minha capacidade de concentração é tão reduzida que tenho de condicionar certas situações para conseguir fazer certas coisas… No entanto, consigo fazer várias coisas ao mesmo tempo, como cantar uma música e estar a escrever um texto, noutra língua... Havendo, neste caso, um duplo trabalho do mesmo lóbulo, o da linguagem...

Tudo isto tem a ver com as nossas capacidades cerebrais… Mas a minha pergunta mantém-se e é isso que me faz pensar hoje: e se o meu cérebro tivesse capacidades diferentes??? Como seria não me esquecer das coisas? Como seria ter um cérebro organizado que sabe tudo o que tenho para fazer e estrutura as coisas de forma a conseguir realizá-las eximiamente?

Acabei por perceber que todos vivemos na nossa “Alegoria da Caverna” neurológica… esquecemo-nos apenas que somos todos diferentes, vivemos realidades neurológicas diferentes… e vou continuar a comer queijo… porque adoro queijo!

2 comentários:

Sweet Porcupine disse...

lololololol............então ja somos duas.........em tudo!!!!!

:D:D:D:D:D:D

Beijinhos ouriçados

bitter-sweet disse...

Éntão, dá aí uma dentada!