sábado, 22 de setembro de 2007

Palavras... Pontes...

Estou por casa...

Escrevo à toa... Já me lembrei de imensas coisas sobre as quais escrever, mas agora nem de uma me lembro...

Ontem à noite (...) lembrei-me do filme "O Efeito Borboleta"... as voltas que o mundo dá... Só de pensar que toda a minha vida recente teria sido tão diferente se não tivesse ido ao jantar ao qual a minha madrinha me convidou... Ainda bem que fui!

E todas as pessoas que fazem parte da nossa vida de forma valorável? Se, no momento em que as conhecemos, não tivesse havido aquele pequeno momento de abertura, como um anzol que entra e prende... Toda a nossa vida mudaria... Um café não tomado que faria com que aquele tempo fosse ocupado de outra forma... Profissões diferentes até... Uma vida diferente... "Um bater de asas de uma borboleta..." (Ah pois é!)

Depois temos também o conhecer de pessoas e as pontes que essas significam...

Quando ficam em nós feridas ou cicatrizes é muitas vezes necessário encontrar uma pessoa que seja a "ponte"... A pessoa que não é "the one" mas que nos leva à abertura... ao acreditar que é possível um alguém no futuro... um "estar" sem "estar"... Uma pessoa que nos faça pensar que há um futuro e um amanhã...

Lembrei-me de uma mensagem: "Eu penso que ninguém se conhece no momento errado, mas sim em estados, fases da vida que por vezes não nos deixam ver as coisas..."

Esta mensagem foi recebida quando havia algo que não me deixava ver... Era eu que dizia "Entraste na minha vida no momento errado...", pensando que a ponte que tinha tido teria sido, especificamente, para outra pessoa...

Pontes... Pessoas que nos fazem transicionar... avançar... Não terá sido essa mesma "margem" ainda parte da ponte? Provavelmente... Ao fim e ao cabo a ponte não acaba, vão-se acrescentando tábuas à medida que vamos vendo as coisas, ultrapassando ou vivendo as fases da vida...

Havia um querer do que nunca iria ter... essa segurança dava-me forças por, simplesmente, não me dar medo... agora, distanciada apercebo-me das coisas... O saber que nunca se iria passar nada dava-me uma segurança enorme... Foi essa a última tábua da minha ponte... que me permitiu a entrega que sinto e tenho hoje...

Espero ter alcançado a margem...


(Reli o texto muito na diagonal... decididamente, estar uma semana sem escrever faz mal à Língua Portuguesa...)

1 comentário:

M. disse...

é peciso estar-se atento às pontes que se criam, ter coragem para as atravessar, não são só momentos e pessoas que atravessamos e mudamos, é também a nossa vida e isso tem um valor enorme.