terça-feira, 18 de dezembro de 2007

Natal...

Natal... Nascimento...

Não ligo ao Natal pelo seu significado Católico...

Gosto do Natal pelo sentimento Natalício... Pela tradição...

Gostaria de deixar um desafio a todos que lerem este texto: façam uma boa acção a alguém que não conheçam de lado nenhum... e, depois, partilhem neste mesmo espaço...

 

(Nota: detesto hipermercados no Natal...)

segunda-feira, 3 de dezembro de 2007

Dor...

Ontem fui invadida por algo a que chamei "dor". A "dor" do silêncio...

A minha relação familiar sempre foi algo distante... Desde que me enfiei no quarto e, posteriormente, "no armário", nunca tive uma conversa sobre sentimentos com os meus pais... Com o meu pai não me faz tanta diferença... Mas com a minha mãe faz... Gostava de poder dizer-lhe "conheci alguém" ou "pessoa tal acabou comigo e estou de rastos"... Mas nunca tive isso... Quando acabei um relacionamento de 2 anos, fui jantar com os meus pais... Obviamente não estava bem e não o conseguia disfarçar... Mas tive de arranjar uma história... Como poderia eu, para além do que já estava a sentir, ainda tentar explicar tudo...

Uma adolescência vivida em silêncio...

A idade que tenho (que não é assim tanta) vivida em silêncio...

Gostava de poder dizer aos meus pais "Não venho morar convosco porque tenho alguém que me faz feliz e com quem quero estar."

Tenho de manter o "secretismo", quando já saí do armário para metade das pessoas que conheço... custa... custa o silêncio... a vida vivida em paralelismo... O não contar o motivo real das coisas... Especialmente numa profissão como a minha... Ter pessoas com quem estou 24 horas por dia... que se apercebem que tenho alguém... quer pelo sorriso ao trocar mensagens... quer pelas palavras ditas ao telemóvel e que tantas vezes se ouvem...

Não consigo ser opaca a esse ponto... sentir bem dentro uma felicidade imensa (que me transmites!) e não o revelar no olhar ou com um sorriso espontâneo, apenas por pensar na pessoa que tanto amo...

Ontem então custou... porque quis partilhar a minha alegria com a minha mãe, eventualmente com o meu pai... Ontem quis uma família... Quis saber que poderia levar quem amo a almoços de família e dizer "É a pessoa com quem namoro! Sim, somos felizes." Quis sentir que a minha família receberia bem a ideia... Quis sentir que poderia falar... contar verdades inteiras... Estou tão cansada de contar apenas pequenas partes de uma verdade que é tão bonita!

sexta-feira, 30 de novembro de 2007

O "nosso" quarto...

Hoje regressei ao "nosso" quarto... o caos dos sacos e das malas fez parecer que ainda era habitado como outrora... Houve mesmo a sensação de nunca ter saído daqui... Sentei-me na minha cama... Olhei para trás, para o fundo... Não estava lá quem me iria perguntar "Vamos lá fora?"... Apenas silêncio... Outra pessoa nesse lugar... Sacos e malas diferentes... As almofadas dispostas de forma alinhada parecem guardar a recordação de quem repousava a cabeça nelas...

Lembrei-me de histórias e aventuras... de gargalhadas e de choros... de dores... de sonhos... de conversas... de companheirismo... de amizades... de abraços profundos... de um adeus anunciado...

O acordar e o reboliço... o espelho na casa de banho... a bela da sanita (ainda está igual)... o lavatório... Foi um voltar atrás sem regressão... Apesar de saber que dormia até hoje num quarto de um antigo palácio, com vista para o claustro, a igreja ao fundo... hoje, ao voltar para esta construção recente, de paredes de cimento e armários de ferro fechados, sinto que sempre foi este o "nosso" espaço... onde as memórias existem... onde há a presença de um passado tão recente...

Para a semana regresso ao quarto de madeira e tecto de 3 metros... mas enquanto dormir nesta cama... terei o sorriso da presença do passado...

quinta-feira, 29 de novembro de 2007

Estrelitas...

Estava agora a reparar em algo que me fez sorrir... Como Estrelitas desde muito pequena...

Confesso que nunca foi pelo Capitão Estrela, nem pela publicidade apelativa às camadas mais infantis que sempre teve. É mesmo pelo sabor e porque gosto...

Há coisas que provavelmente comemos fruto da publicidade e de técnicas de marquetingue (apeteceu mesmo fazer isto), mas as Estelitas acompaham-me talvez há 20 anos... e isso é muito tempo... mais tempo do que o que morei com os meus pais... mais tempo do que o que morei na minha terra natal... As Estrelitas acompanham-me e estão comigo para onde vá (agradecemos neste momento o mercado global)... Neste fim do mundo onde estou consigo comprar Estrelitas... Em Leiria consigo comprar Estrelitas... Posso comer Estrelitas sozinha, ou num pequeno-almoço (ou qualquer outra refeição) acompanhada...

As Estrelitas são companheiras de noitadas de estudo, de noitadas e tardes de filmes... São boas com leite, ou sem ele...

Há alguém que não goste de Estrelitas?...

 

Curiosidade: quando te conheci, que comias tu?

segunda-feira, 26 de novembro de 2007

Cansada 2...

Desiludida com as pessoas... cansada... de rastos...

 

Um queixo que já treme de tanto ouvir o meu nome... por isto, aquilo ou o outro... (agora lembrei-me da "minha alentejana"... há aqui uma rua com o nome dela, por onde passo cada vez que regresso a casa... a ti)...

 

Cansada de pessoas... de ter de conviver com pessoas... Estava tão habituada a enfiar-me no meu canto e ficar quieta, calada, sem ser chateada...

 

Escrevo estas linhas na cama, sabendo que ainda me vêm chamar para coisas sem jeito nenhum...

 

Ando cansada desta gente... quero férias destas pessoas...

 

Estou tão longe das coisas e das pessoas que me fazem sorrir... Optei por aquilo que custa... Optei pelos maus tratos psicológicos... Optei por isto que vivo... Mas custa... e quando os próprios colegas nos metem ainda mais em baixo... então dói mesmo...

 

Deixem-me dormir...

quinta-feira, 22 de novembro de 2007

Big Brother...

Poderia fazer aqui uma alusão ao tão conhecido (ou que deveria ser) livro "1984" de George Orwell, mas vou mesmo fazer uma comparação ao programa de televisão...

Há quase 3 meses meti-me numa aventura... éramos 60 pessoas (61 ou 62)... Cada quarto levava 10 pessoas... separadas por sexo...

Num dia apenas, há 3 semanas, ficámos 9... 8 que já se conheciam bastante bem e um "intruso"...

Quantas menos pessoas houver, menor é a privacidade... mais tempo concentramos em fulano ou beltrano... A questão é: não podemos nomear ninguém para sair, mas começa a haver desejos nesse sentido... Começa a haver complicações, diz-que-disse, os pormenores insignificantes tornam-se enormes...

A questão é que estamos em "pseudo" regime de internato... não podemos sair... estamos 24 sobre 24 horas com as mesmas pessoas...

Zangam-se as comadres... e isto vai abaixo...

Sim, sinto que vivo um autêntico Big-Brother...

quinta-feira, 8 de novembro de 2007

Cansada...

... ou sou génio... ou sou besta...

Cansada de ter as pessoas a considerarem-me 8 ou 80...

Ou sou super inteligente com um QI acima da média ou sou a pessoa mais atrasada à face do planeta...

Greve de silêncio...

Escreverei apenas... a minha voz calou-se...

quarta-feira, 7 de novembro de 2007

Desejo...

... dormir 2 dias seguidos...

quinta-feira, 25 de outubro de 2007

Dear Sally... I miss you so much...

A poem by Sally Mavor, Coimbra Hospital, 2001
- when the cancer got to your medula and you lost so much of your body, but none of your mind.

Dancing with Sally

Oh, my dear friends!

When you stride in the hills
Looking high over lake and forest

When you clamber down narrow paths
to reach that hidden beach

When you step out on the floor
with wild rhythm in your feet

When you stroll in shaded paths
with your arm around your loved one

When you dive in clear water
and kick the spray behind you

Then, dear friends,

Skip and jump
Wriggle your toes in the sand
Pirouette and leap
Trot or beat out a warpath
Kneel and roll in the grass.
Splash a glorious fountain
Glorying in all
the myriads of dance

Do it for Joy!
Do it for yourselves
And, yes, please do it for me,
so that I can dance through all your feet
sharing and laughing with dancing friends



apesar de ter isto de outro local... aproveito para deixar o link do blog de onde retirei este poema... porque é quase uma homenagem... procurem 2005...

Em duas línguas

sexta-feira, 19 de outubro de 2007

15.10.2007 (2)

Não será a distância o que me faz sentir longe mas sim este regime de inclusão. Por vezes acredito que se torna mais fácil saber que não posso sair daqui e que estou longe que pensar que poderia estar muito mais perto desse teu sorriso e ter de viver à mesma neste regime, sem tempo para comunicações, com horário para dormir, com horário para respirar.
Supostamente deveria estar já deitada. Escrevo estas linhas na cama.
Por vezes sinto-me uma reclusa, uma presidiária (toque de silêncio)... Não fosse o uso do telemóvel... Não fosse sair daqui às sextas-feiras, mesmo que sabendo da obrigação (legal) de voltar domingo.
Já desligaram as luzes... Sinto as asas da escrita cortadas... Mas isso sinto desde que cheguei e nota-se pela ausência de texto... Há quase dois meses que não sentia as palavras a fluir assim...
Apetece escrever... apetece imenso escrever... mas hoje já não há luz...
Já não sou BrokenAngel no sentido de outrora, mas sinto as asas da escrita a partir lentamente.

E.P.A. 15.10.07 22h35

domingo, 30 de setembro de 2007

Sons...

Como pessoa muito (leia-se "demasiado") atenta à fonética, decidi partilhar um pensamento muito meu...

As palavras são a atribuição de um conceito a um som... O som (ou grafia) de uma palavra remete para um conceito e, assim, temos as palavras...

Vamos portanto dissociar o conceito da palavra e ficamos apenas com o som...

Há uma palavra que me perturba profundamente... "bóia"!

Imaginem só o som... para o conseguirem, repitam a palavra ao ponto de já apenas dizerem apenas o som, por já não estarem a pensar no conceito...

Desconstruida a palavra "bóia", pensem: como é que na língua portuguesa, este som tão estúpido pode dar origem a uma palavra?

Muito a sério... é uma palavra que, foneticamente, cai no ridículo...

sábado, 29 de setembro de 2007

29 de Setembro...

Cheguei ontem... mini stress em minha casa... acalmei... vim ter aqui... matar saudades num instante e mudar de roupa (não! já está frio para calções... decididamente...)...

Fomos ter a casa da Isabel, minha madrinha, de seguida jantar... (salvo seja...)

Jantámos no mesmo sítio onde, há um ano, um mês e onze dias, tinha feito o meu jantar... nunca mais lá tinha voltado... demorará até lá voltar novamente...
Serviço mau... comida demorada... e falta de profissionalismo... tenta-se ser tão "posh" e acaba-se por se ser ridículo... tantos salamaleques e... não se viu nada de "superior"...

Voltámos a casa dela... alguma conversa...

De seguida fomos ao bar (e fui eu que fui arrastada)... Lá ficámos até às tantas... Casa e... soube bem voltar a sentir a cama que deixei no domingo... o cheiro de tudo... a envolvência (surroundings)...

É bom acordar e, com a luz da manhã, abrir os olhos... ver o que existe... um sorriso...

Ainda acabei por ficar mais algum tempo na ronha... (quem? eu? nah!)... custa saber que fico sempre com mais horas dormidas...

Fui a minha casa estender roupa... já era perto da uma... Ainda tive ajuda de uma pessoa que me é muito especial para tratar de um "assunto delicado"... (muito delicado... bichos de 8 patas...)...

Regressei aqui... dia de limpezas... todo o gosto em ajudar... ao fim e ao cabo, é aqui que passo os fins-de-semana...

Esta entrada no blog é mais um mini diário... não é uma exposição, uma reflexão ou um daqueles textos que "procuram" comentários... apenas apeteceu libertar as minhas últimas 24 horas...

Amanhã por estas horas já estarei a pensar no tempo... sim, aquele que, por vezes, tarda em passar...








Distância cruel...

Tempo...

O tempo que passa.. o tempo que voa... apenas o tempo...

Tempo que por vezes tem um passo acelerado... tempo que por vezes parece adormecido em si próprio...

Semanas que simultaneamente passam a correr e demoram meses a passar... 5 dias que se parecem esfumaçar... mas que duram uma pequena eternidade...

Sabes o que é 5 noites sem ti?

...

sábado, 22 de setembro de 2007

Palavras... Pontes...

Estou por casa...

Escrevo à toa... Já me lembrei de imensas coisas sobre as quais escrever, mas agora nem de uma me lembro...

Ontem à noite (...) lembrei-me do filme "O Efeito Borboleta"... as voltas que o mundo dá... Só de pensar que toda a minha vida recente teria sido tão diferente se não tivesse ido ao jantar ao qual a minha madrinha me convidou... Ainda bem que fui!

E todas as pessoas que fazem parte da nossa vida de forma valorável? Se, no momento em que as conhecemos, não tivesse havido aquele pequeno momento de abertura, como um anzol que entra e prende... Toda a nossa vida mudaria... Um café não tomado que faria com que aquele tempo fosse ocupado de outra forma... Profissões diferentes até... Uma vida diferente... "Um bater de asas de uma borboleta..." (Ah pois é!)

Depois temos também o conhecer de pessoas e as pontes que essas significam...

Quando ficam em nós feridas ou cicatrizes é muitas vezes necessário encontrar uma pessoa que seja a "ponte"... A pessoa que não é "the one" mas que nos leva à abertura... ao acreditar que é possível um alguém no futuro... um "estar" sem "estar"... Uma pessoa que nos faça pensar que há um futuro e um amanhã...

Lembrei-me de uma mensagem: "Eu penso que ninguém se conhece no momento errado, mas sim em estados, fases da vida que por vezes não nos deixam ver as coisas..."

Esta mensagem foi recebida quando havia algo que não me deixava ver... Era eu que dizia "Entraste na minha vida no momento errado...", pensando que a ponte que tinha tido teria sido, especificamente, para outra pessoa...

Pontes... Pessoas que nos fazem transicionar... avançar... Não terá sido essa mesma "margem" ainda parte da ponte? Provavelmente... Ao fim e ao cabo a ponte não acaba, vão-se acrescentando tábuas à medida que vamos vendo as coisas, ultrapassando ou vivendo as fases da vida...

Havia um querer do que nunca iria ter... essa segurança dava-me forças por, simplesmente, não me dar medo... agora, distanciada apercebo-me das coisas... O saber que nunca se iria passar nada dava-me uma segurança enorme... Foi essa a última tábua da minha ponte... que me permitiu a entrega que sinto e tenho hoje...

Espero ter alcançado a margem...


(Reli o texto muito na diagonal... decididamente, estar uma semana sem escrever faz mal à Língua Portuguesa...)

sábado, 15 de setembro de 2007

Fim-de-Semana...

Torna-se estranho apenas poder escrever aqui aos fins-de-semana...

A verdade é que hoje o cansaço está em cima de mim... Ontem (sexta-feira) acordei pouco antes das sete após escassas horas de sono... E apenas com cinco horas e pouco dormidas tive treino físico de manhã... (que bom!)...

Cheguei cedo mas tinha duas máquinas de roupa para lavar...

Vim a esta casa, de onde escrevo, jantar...
(Sabe bem estar contigo...)

Fomos depois "beber café" a casa de umas Amigas!
Garrafa de Cutty acabada vamos para o bar... ver o espectáculo que sim!, foi um espectáculo! (alguém sabe se posso colocar um ponto de exclamação e uma virgula? gostei mas acho que não, mas acaba por transmitir mais entoação...)

Caipirinhas e Cuttys à mistura, a verdade é que acabou por ser uma noite como já não tinha há muito, com pessoas com quem já não estava há também muito...

Tudo isto para concluir que me deitei por volta das onze da manhã...

Apetece-me mudar de assunto...

Quero dar os parabéns à Selecção de Râguebi. Haja problemas no futebol e comecemos a olhar para outras modalidade que nos dão orgulho e fazem sentir a verdadeira alma lusitana... (É esta coisa nova do "ah e tal defender a pátria" que há em mim)...

No ano do Mundial de Futebol da Coreia, em que Portugal fez aquela triste figura, tivémos uns quantos campeões do mundo de Kickboxing... Sem apoios estatais que se possam comparar...

Haja Vanessas Fernandes a correr por amor à pátria, haja Dinas Pedros e Nunos Neves, haja Luíses Reis e centenas de outros atletas...

E estou toda negra da noite de ontem... au!

E como também não apetece escrever mais...

Vou (vamos) comer uma ameijoazinha a casa das Amigas de ontem...

Cumprimentos a tod@s... pode ser que amanhã saia um texto mais "coiso" (pequena alusão às conversas de quarto da camarata)...

domingo, 9 de setembro de 2007

Alegoria da Caverna…













Estava eu agora a cortar uma fatia de queijo, quando me lembrei de algo que já não oiço dizer há imenso tempo: o queijo faz-nos esquecid@s...

Lembrei-me do facto de ter uma capacidade de memória minúscula e pensei: como será ter uma memória que faz lembrar das coisas? Como será não esquecer?

Isto remete para situações da neuro-psicologia que não sou capaz de responder apenas por não ter conhecimentos suficientes… Mas… E se tivéssemos capacidades diferentes? Porque, ao fim e ao cabo, pensamos sempre que todos os outros são iguais a nós… e é aí que entra a intolerância… Não toleramos quem se esqueça de mais coisas que nós, não toleramos quem seja menos pontual que nós, não toleramos alguém que não memorize tão bem nomes como nós… este “nós” é relativo… Eu tenho uma capacidade enorme para fixar números e não consigo fixar nomes, nem coisas que tenha para fazer… A minha capacidade de concentração é tão reduzida que tenho de condicionar certas situações para conseguir fazer certas coisas… No entanto, consigo fazer várias coisas ao mesmo tempo, como cantar uma música e estar a escrever um texto, noutra língua... Havendo, neste caso, um duplo trabalho do mesmo lóbulo, o da linguagem...

Tudo isto tem a ver com as nossas capacidades cerebrais… Mas a minha pergunta mantém-se e é isso que me faz pensar hoje: e se o meu cérebro tivesse capacidades diferentes??? Como seria não me esquecer das coisas? Como seria ter um cérebro organizado que sabe tudo o que tenho para fazer e estrutura as coisas de forma a conseguir realizá-las eximiamente?

Acabei por perceber que todos vivemos na nossa “Alegoria da Caverna” neurológica… esquecemo-nos apenas que somos todos diferentes, vivemos realidades neurológicas diferentes… e vou continuar a comer queijo… porque adoro queijo!

sexta-feira, 7 de setembro de 2007

Casa.. Feitiço vs Feiticeiro...

Regresso a casa, após 4 dias de torturas físicas...

Estranhei a cidade... estranhei as ruas... estranhei as rotundas... apenas 4 dias... parece que foram 2 meses...

Estes 4 dias (teoricamente 5) passados sob o sol infernesco do Alentejo foram uma prova de ambição... mas... heart vs mind... onde é que já li isto?

Por um lado, estou a seguir um sonho... algo que já vem desde os meus 3 anos ou menos (eu é que não me lembro de muito)... mas um sonho que está a custar muito, mas mesmo muito a conseguir... Por outro lado... há um outro lado... há um querer de companhia que não tenho lá em baixo... há uma falta enorme...

Com isto não estou a dizer que me sinto só lá na pasmaceira, desprovida dos meus amigos... não é isso que estou a afirmar... Apenas afirmo que falta "the one"...

A frustração no meio disto tudo é eu sempre ter sido pouco crédula quanto a distâncias... e eis-me a viver uma... e eu, com a porta que estava fechada e sabendo que me ia embora, cometi um acto louco de deixar entrar alguém... assim sem mais nem menos, apenas porque sim... e terei de viver com a distância... e custa...

Ah... isto porque cheguei acgora a casa depois de ter ido para o Alentejo (sim, tem estado fresquinho) no Domingo... Custa-me estar longe desta cidade... no entanto, estranhei ao voltar... a minha casa não é aqui agora... sinto-me na casa de pessoas conhecidas, enquanto que estou numa casa que está em meu nome...

Agora olhei em volta e tive a estranha sensação de nem ter saído...

Não sei... é tudo estranho demais...

O pior, para além da "distância", confesso ser a sensação de "Big Brother"... ao que parece houve incêndios para estes lados, houve um assalto qualquer que levou a uma mega operação STOP e faleceu Luciano Pavarotti...

Apenas sei isto desta semana toda... mas não sei nada... só sei o que me contaram por alto... "Olha, passou-se isto e isto..." Pouco mais fico a saber... e com as dores musculares que tenho, confesso que nem vou ligar a televisão... Amanhã compro um semanário ou parecido...

Levei um bloco A5 comigo... como sempre que viajo... no entanto... escrevi no comboio entre 7 Rios e aquela terriola perdida ali na zona quentinha do Alentejo Interior... e escrevi um pouco na noite do dia seguinte... Mas nada de jeito... o cansaço coporal e físico causaram um bloqueio... dos grandes... pode ser que até ao próximo domingo possa escrever um texto bem estruturado... que já vi que lá em baixo o cérebro frita!

sábado, 1 de setembro de 2007

"Foi você que pediu?..."














Mandaste-o vir... eu guardei-o...

Enviei-to por mail na versão original.
Por motivos de tamanho tive de reduzir a qualidade para a poder pôr na Net.

quinta-feira, 30 de agosto de 2007

Agora é a minha vez...

Open the door...










(conselho musical: WEAK-end - Hell U C Nations)

quarta-feira, 29 de agosto de 2007

Oh Leiria, moura encantada…













Leiria… Setembro de 2000 – Setembro de 2007…

Parece um obituário, mas não... Leiria não morrerá no meu coração... nunca... tenciono fazer desta cidade o meu "porto de abrigo"... No conforto de amigos... No percorrer de ruas...

Percebo hoje a beleza desta cidade... por mais defeitos que tenha... por mais bonita que seja a terra dos patos bravos...

Parto com vontade de ficar... não de voltar pois não chegarei a partir...

O coração fica cá, com as amizades... e não só...

Farão falta os cheiros com os quais me cruzo diariamente... o cheiro dos cafés que frequento, o cheiro dos amigos, o cheiro que se queda até à manhã seguinte...

Tanta coisa de que vou sentir falta... coisas que tento exteriorizar e outras que me esforço para não deixar sair...

Mas também faz falta seguir com a vida e procurar os sonhos ("Na terra dos sonhos podes ser quem tu és... JP")... poderei cumprir algo que me persegue desde que me lembro de ser gente... não ponho a minha vida em pausa... limito-me a vivê-la noutro sítio... sendo a mesma pessoa, geograficamente distante... mentalmente perto... afectivamente presente...

("Posso estar longe, mas não fujo...")

Devaneio: "Quem és tu?"


















Chegaste… não bateste à porta, com nada mais que as palavras "abre a porta" a porta abriu… para ti… Com a porta, abriu-se um mundo… combinam-se dois… O meu... O teu... Faz-se um outro: o "nosso"...

(Foto de Natasha Lyonne)

domingo, 26 de agosto de 2007

O meu “mundo”…


Hoje saí da minha órbita… fui passear até à terra da minha madrinha com ela e uma amiga.

Soube bem voltar a partilhar a companhia de alguém de quem estive afastada durante alguns anos… coisas da vida… pequenas coincidências…

Dei por mim num meio estranho, com pessoas que não conheço, em ruas que nunca vi… um “mundo” real paralelo ao meu… uma terra que tem a sua vida enquanto eu estou aqui… enquanto vivo a minha…

Seguimos para a “festa” lá da zona… talvez o meu espírito hoje não fosse o mais adequado, mas sinto que se estivesse num “território” meu, dançaria e pularia e sorriria… Mas não… fiquei quieta no meu canto… a ver a vida daquela terra, sem me incluir nela…

Penso… tenho o meu mundo, que pensava não ter… habituei-me, ou interiorizei, de tal forma os bares e discos que frequento que já não consigo sentir-me bem (não é propriamente sentir “bem”) em ambientes diferentes… Se for a ver bem, a maioria das minhas convivências actuais são pessoas do “meio” e acabo por começar a afastar-me dos locais “normais” (o quanto tenho evitado usar esta palavra neste texto)… Ou seja, auto-excluí-me da sociedade existente para além dos meus bares e das minhas discos…

Hoje, já cá, mas numa disco “n” (fica menos mal), olhava para o palco ao pé das colunas, onde actuam as bandas caso seja segunda-feira, e só me apetecia que começasse a música de início de show… e aparecesse “uma artista” “toda montada” e que fizesse um número daqueles brutais…

Vi "casais" e muita gente do "meio"... mas... não é a mesma coisa...

Eu que tanto me queixo da auto-separação, do facto de, cada vez mais, haver uma maior auto-exclusão à medida que o “meio” vai tendo mais espaços e mais bares, dei por mim a frequentar esses mesmos espaços de forma quase exclusiva…

Percebi hoje o que querem dizer quando me dizem «…. “o teu mundo”»… É que eu sempre respondi “Não podes afastar as águas nem separar as pessoas, somos iguais e blá blá…”… mas a realidade é que, não separando as águas nem as pessoas, criei um mundo meu… aquilo a que chamo o meu meio e as minhas convivências, os locais que frequento e os números que guardo no telemóvel, os códigos que distinguem a minha lista de contactos e o próprio vocabulário que uso… pertence tudo a um “mundo” que se separou… que se auto-exclui… em que me insiro com muita pena minha de ser causa e consequência dessa exclusão… É um mundo onde sorrio e rio e danço… onde sou verdadeiramente eu… onde olho à volta e conheço as caras… onde estão as pessoas a quem digo “adoro-te”, “és especial”… mesmo sendo pessoas “normais” (again) que estejam comigo a partilhar o espaço, abro-me e sou eu ao ponto de dizer as coisas que quero dizer… fico solta e proxemicamente mais honesta… os meus movimentos são diferentes, a minha linguagem gestual (LGP também) flúi de outra forma…

Portanto, sim… tenho o “meu mundo”… longe do mundo que a maioria das pessoas conhece… é o mundo onde insiro as pessoas com quem brinco… que me fazem sorrir… com quem choro quando preciso…

No entanto é um mundo onde só levo quem quero, quem me conhece e a quem quero mostrar quem sou, não falando de orientações, mas falando da essência do ser…

quinta-feira, 23 de agosto de 2007

Cozinhar para "alguém"...















Bem... este tema tem estado na minha mente há algum tempo e vai de encontro a uma teoria que tenho quanto a comida.

Eu defendo que se consegue ver o estado de espírito de alguém pela forma como essa pessoa cozinha. Por exemplo, uma febra feita sem qualquer interesse não sabe tão bem como a mesma febra feita com dedicação e carinho... dei o exemplo da febra porque é algo extremamente fácil de fazer e simples...

No entanto, surgiu-me uma comparação...

Há todo o preparar de uma refeição... e note-se que estou a falar de cozinhar para "alguém"... há o "saber se há tudo"... o preparar... há um certo carinho e entrega na confecção do prato... há um cheirar... há um provar... é preciso mais disto ou daquilo... há o cheiro que vai ficando no ar... entretanto está pronto e passa-se à fase seguinte... há o servir... há o saborear em conjunto... há a partilha... há a desgustação... há um sorriso... há a preocupação "estará bom?"... há o repetir... há novamente a satisfação de saborear o que é apresentado com o carinho da forma como foi feito... há o momento em que se sente que já se está satisfeito e se pousam os talheres...

Cordialidades pós:
"Estás satisfeit@?"
"Queres mais?"
"Estava bom?"
"Espero que tenhas gostado."

Possíveis respostas:
"Estou bem assim! Estava muito bom." - ou a sério ou "Onde é que vou a esta hora que esteja aberto?"
"Agora não. Mais daqui a pouco, se apetecer, eu sirvo-me." - ou a sério, ou "OK. Vou aguentar-me com fome para não parecer mal."
"Por acaso gosto mais do da minha mãe, mas é uma questão de hábito..." - ou a sério ou a mãe cozinha mesmo bem... ou desculpa esfarrapada para ficar por ali...
"Estava mesmo como gosto. Parabéns! Gostei mesmo." - ou a sério ou já a pensar numa próxima vez...

A cozinha é tão parecida com sexo...

(menos a parte do "por acaso gosto mais do da minha mãe"...)

sexta-feira, 17 de agosto de 2007

7 Maravilhas...

Como solicitado pela minha querida madrinha Isabel, vou passar a "qualificar" aquilo que considero as 7 Maravilhas da minha vida...

7. LER - Adoro perder-me em livros (ando a ler 3 ao mesmo tempo..)... tenho uma lista de blogs que sigo como se de uma história perpétua se tratasse... adoro ler... adoro ler gestos... ler olhares...

6. MÚSICA - Gosto de combinar as sensações interiores com sons que nos invadem... ora nos compreendendo, ora levando-nos para além da nossa órbita...

5. FOTOGRAFIA - Talvez a arte mais completa... pois consegue englobar qualquer outra arte...

4. CONDUZIR - Um dos meus grandes prazeres...

3. COMER - Para além de adorar cozinhar, adoro comer... Adoraria percorrer o mundo com um mapa gastronómico à frente... Porvar iguarias, descobrir paladares, novos odores, especiarias...

2. DORMIR - Muitos dizem ser uma perda de tempo... para mim é mesmo uma boa sugestão... dormir... em qualquer lado... sobre relva... na praia... no sofá... com ou sem música... apenas dormir...

1. Esta custou... até que saiu sem querer... PORTUGAL - A verdade é que adoro este país... por pior que esteja... por mais dores de cabeça que origine... A verdade é que me perdiria (já tantas vezes perdi) pelas estradas serpenteantes... quantos milhares de quilómetros já eu fiz para saborear este ou aquele prato? Fotografando tudo o que encontro pelo caminho... Quantas vezes dormi eu a respirar o fresco ar do Minho que tanto adoro... quantas vezes passeei apenas por passear nas margens do Rio Douro... Temos de admitir: só ficamos tristes, desiludidos ou zangados quando as coisas correm mal com o que nos é querido... se não gostássemos tanto deste cantinho lindo, não ficaríamos tão... "sem palavras"... com o que certas "personagens" lhe fazem...

Deixo o desafio a:

Cacao

Formiguinha

Sweet Porcupine

d.

girl blue

Espectrum

Mar

quinta-feira, 16 de agosto de 2007

Adeus... não afastes os teus olhos dos meus...











Cheguei a casa dos meus pais... venho do teu funeral...

Não voltarei a ver esse teu sorriso... Não voltarei a sentir-te agarrares-me... Não voltarei a brincar contigo... Não voltarei a... ver-te...

Guardo as boas memórias... lembro-me de te ter conhecido, há 10 (??) anos... quando te inscreveste para treinar... Lembro-me de nos terem apresentado há um ano na "noite" de Leiria... deixámo-nos rir (ao tempo que nos conhecemos)... sobretudo por me dar tão bem com o teu pai... sem saber que ele o era...

A tua presença vai fazer falta na "noite"... esse teu olhar...

Um beijo...

Região de Leiria

O Primeiro de Janeiro

TVI

Correio da Manhã 1

Correio da Manhã 2

Diário de Notícias

quarta-feira, 15 de agosto de 2007

Quando a Chuva Passar













Bem, por norma as letras das músicas são colocadas no blog das letras... o irmão mini mini deste... No entanto, e porque me apeteceu, deixo esta aqui...

Para quê falar,
Se você não quer me ouvir,
Fugir agora não resolve nada.

Mas não vou chorar,
Se você quiser partir,
Às vezes a distância ajuda,
E essa tempestade um dia vai acabar!

Só quero te lembrar de quando a gente andava nas estrelas,
Nas horas lindas que passamos juntos,
A gente só queria amar e amar,

E hoje eu tenho certeza: a nossa historia não termina agora!
Pois essa tempestade um dia vai acabar!

Quando a chuva passar,
Quando o tempo abrir,
Abra a janela e veja eu sou o sol.
Eu sou céu e mar,
Sou céu e fim,
E o meu amor é imensidão...

(Ivete Sangalo)

terça-feira, 14 de agosto de 2007

Vazio...

Há já alguns dias que não sai nada para escrever... coisa rara... coisa estranha...

Mesmo depois de um fim-de-semana em que reencontrei amigas que não via há quase um ano... desde Setembro de 2006... o que há para exteriorizar não aparece nas pontas dos dedos... não se transforma em palavras... não se transforma...

Gostei de estar com o pessoal dos EDs... a petiscada... o jantar... os copos... foi muito agradável... Foi mesmo voltar atrás... ao local "temporal" que me transmite o tal cheiro que referi noutro texto...

Sabe bem voltar atrás... talvez por isso não tenha que escrever...

quarta-feira, 8 de agosto de 2007

É só mais um dia mau...














São 18h30… chegaste a casa... Já tinha dado banho ao C. (como o tempo passa, ainda “ontem" o vimos chegar ao nosso mundo e já está quase a fazer 3 anitos) e estava a preparar o jantar… com o carinho e dedicação de sempre… sei que chegas cansado da fábrica...

Entraste acelerado, notei-o pela forma como fechaste a porta de casa. Ouvi o som das chaves atiradas com uma ponta de raiva para cima do móvel de pinho no hall… Não falaste… Sentaste-te no sofá… mudaste de canal... (ele estava a ver os desenhos animados)... O C. começou a chorar... Normal, estava a ver os desenhos animados... (ai o refogado!)...

Mexo o refogado… já estava distraída, a pensar no tempo… Pela porta da cozinha entram todos os sons dos teus gestos… do que fazes… abres o bar e serves-te… O dia deve ter sido mesmo mau… (Ainda nem disseste olá…)

- Olá! Como foi o dia na fábrica?

- O costume…

O C. cala-se…

Passa-se meia hora… tens a mesa posta e o jantar servido… chamo-te… demoras sempre o teu tempo… não gostas de vir assim que te chamo…

Sentas-te à mesa e lembro-me de quando passaste uma semana em casa dos meus pais… já lá vão 5 anos… íamos anunciar o casamento… Deste-te logo bem com o meu pai… falavam de caça e de futebol… Nunca gostei nem de uma coisa nem de outra, mas não interrompi nunca nenhuma das conversas… gostava de vos ver a falar...

- O que é isto?

- É arroz com passas e lombinho com cogumelos… tirei de uma revista.

- Eu não vou comer isto… Que raio!

Levantas-te furioso… vais para a sala… serves-te… Deves ter tido mesmo um mau dia… Queria contar-te o meu… Também foi mau e queria um pouco daquela tua atenção… aquela que já não sinto há quase dois anos… onde andas?

São quase 21h. A cozinha já está arrumada. Vou deitar o C. e talvez te faça companhia na sala, mas só um pouquinho… tenho a roupa por apanhar e passar a ferro… e acho que já tenho uma máquina de roupa escura para fazer…

O jogo deve estar a correr mal, pela quantidade de palavrões que te oiço dizer… já foste ao bar umas quantas vezes… o teu dia deve ter sido mesmo mau… deve ter sido como ontem.

Ainda há pouco o C. estava a perguntar porque tinha o braço pintado… (- Pu tem baço pintáu?) tentei explicar que não era pintado, mas uma criança de quase 3 anos não tem percepção das coisas… ainda bem… teria de explicar-lhe que tinha sido apenas uma exteriorização tua de um dia mau… ele não iria perceber… respondi que tinha estado a brincar com tintas na loja…

Vens ter comigo e dizes que tens fome... para te fazer algo que se coma...

- Estou a passar a ferro… Já aí vou…

A tua cara muda… (vou ficar com o braço “pintado” novamente)…

(Ao menos o C. já está a dormir, não tem de te ver a “pintar” o meu braço… as minhas costas… as pernas…)

Mas eu percebo… o teu dia foi mau… e eu estou aqui para ti… também precisas de libertar o teu dia mau... sou tua esposa para o bem e para o mal...

Há quantos meses não tens um dia bom?

. . . . . . . . . . . .

Em 1999, o Ano Europeu Contra a Violência sobre as Mulheres, 3358 pessoas foram maltratadas dentro das suas próprias casas em Portugal.
Os números da APAV (Associação Portuguesa de Apoio à Vitima) revelam um crescimento de 15 por cento em relação ao ano anterior, mas a verdadeira realidade continua oculta pois esta é ainda uma questão considerada tabu.
Dos 4782 processos analisados pela APAV referentes a vários tipos de crime, 70 por cento inscrevem-se como violência doméstica.
O cônjuge/companheiro é o responsável pela maioria dos casos de maus tratos – 66,6 por cento do total. A ameaça/coacção representa 13,6 por cento dos processos.
As vítimas são sobretudo mulheres, seguidas das crianças, não sendo possível fazer um retrato tipo dos agressores. Tratam-se de pessoas tidas como normais e que se mostram bastante delicadas em público.

terça-feira, 7 de agosto de 2007

7 de Agosto de 2003

















Chegámos a casa... já havia algo no ar há uns meses... Insisti... Durou quase dois anos...

Desde partilha de casa a repartir o espaço com dois bichos de 4 patas... Tantas saudades deles... ainda ontem de manhã me lembrei dos "cá-cá-cá" do Segen...

Posso afirmar que ainda te tenho num lugar muito especial... És a minha melhor amiga!

Estarei sempre aqui contigo... Espero ter-te a meu lado para, de outra forma, partilhares a minha vida, vivermos alegrias e tristezas, partilharmos momentos bons e outros não tão bons... e todas essas coisas que se vivem no maior dos casamentos: a Amizade.

E a nossa é de Ouro!
Beijo...

"...guardó negli occhi la ragazza,
quegli occhi verdi come il mare...
"

segunda-feira, 6 de agosto de 2007

Mujer contra mujer













Nada tienen de especial
dos mujeres que se dan la mano
el matiz viene despues
cuando lo hacen por debajo del mantel

- Mecano -

Letra completa

Clip de concerto (1991)

Já há muito que queria deixar aqui esta letra... pensei se deveria deixar no blog das letras de músicas, ou no das imagens. Decidi então deixar nos 3 locais ao mesmo tempo... É uma música que merece ser partilhada...

A tod@s!

sexta-feira, 3 de agosto de 2007

Suor... (devaneio)












O corpo que cansado e batido se entrega ao fim do dia... liberta-se do quotidiano e deixa-se ir... entre mãos e corpos envolvidos em suores que salpicam de mar os lençóis... o silêncio quebrado pela volúpia de entrega ritmada... perdendo-se na noite...

O suor frio sobre o corpo quente... os cabelos que se colam ao corpo... à cara... o desmoronar das barreiras... sem sentido, sem razão... apenas porque sim... sentir o peito que se agita... movimentos frenéticos... movimentos suaves... o silêncio... a respiração pesada e acelerada junto ao ouvido... o coração que acelera... o corpo que se estreita... a alma que foge no mesmo segundo... o relaxar... o beijo...

Foto: Fima Gelman

(Ia esquecendo os agradecimentos: à M., que me aturou durante este "devaneio"... Sempre ajuda a passar o tempo nos escritórios...)

quarta-feira, 1 de agosto de 2007

Fazes-me falta...


















"Creio que me fazes - schiuuu! - assim, com uma vagar de embalo, sempre que a voz da minha consciência (seja lá isso o que for) sobe o tom para me acusar pelo que não te dei. Creio sem crer, como um condenado. Afinal de contas, não tenho nada a perder. Mesmo que os anjos não existam, as asas com que te vejo, sentada na beira da minha cama, do cume enlouquecendo da minha insónia, ficam-te melhor do que todas as toilettes. Esforço a imaginação, estendo-a até aos teus dedos, mas não consigo mais do que um ligeiro raçagar de asas. São lençóis que agito, bem sei - mas não me concederás a graça de transformar a fímbria do meu lençol na ponta dos teus dedos?"

in Fazes-me Falta, de Inês Pedrosa


(Um obrigada especial à M.C. que me enviou esta imagem há uns anos... you know what I like!)

terça-feira, 31 de julho de 2007

Falling Down















I was calling your name
But you would never hear me sing
You wouldn’t let me begin
So I’m crawling away
'Cause you broke my heart in two
No, I will not forget you

Uma das minhas bandas favoritas - MUSE



(sem motivo algum, apenas apeteceu deixar aqui este bocadinho, uma vez que estava a ouvir este tema lindo...)

(imagem de Erik Pukinskis)

segunda-feira, 30 de julho de 2007

Insónias...

5h39 ao começar a escrever…

Escrever…

Descrever… Oiço música, tento acalmar, rogo pragas a não ter cobertura TVCabo e estar condenada a TeleVendas… MSN vazio… Rede vazia… Eu? Cheia… Vontade de explodir, um turbilhão de emoções dentro de mim… vontade de dar de mim…

E este sono que tarda… prestes a ter de me levantar para ir trabalhar…

Penso em tudo e não penso em nada… Penso em ti, se estarás acordada, penso se me aguentarei no escritório a trabalhar, penso numa situação técnica do MSN, penso que fiz sofrer duas pessoas no espaço de dois meses e meio devido à sinceridade, penso que fiz coisas que não devia, arrependo-me de coisas que não fiz… penso demasiado… assim não durmo mesmo…

(Hum… Restless – WT… música a calhar…)

Penso em situações pendentes… penso no quão pendente está tudo na minha vida, à espera de uma carta pendente… penso no centro do pêndulo, pendular, oscilando para um lado e para o outro… o centro entre o Norte e o Sul… Leiria, Porto, Lisboa… 3 destinos…

Penso no meu passado, no que aprendi com ele… no que desaprendi… Nas lições de boa e má conduta…

Pensamento bom agora… lembrei-me do teu sorriso…

Penso que penso demasiado…. E que assim não durmo mesmo…

Penso em entrega, em conheceres-me sem medo… No facto de quando estou, estou… sem receios… e que (olha o soninho a chegar…) quando sou, sou de uma pessoa apenas… em todos os aspectos… in the heart and in the mind…

Vou tentar… nanar…

(5h51)

domingo, 29 de julho de 2007

“Percamo-nos!”

Nova entrega… novo deixar-me levar…
“Conduz-me” por entre aquilo que é a tua vida…

segunda-feira, 23 de julho de 2007

Existe!


















Mais uma noite atacada pelas insónias...

Se estivesses aqui, iria aninhar-me em teus braços... esboçar um sorriso... mesmo no escuro, saberias que estaria a sorrir...

Depois, beijar-te-ia o ombro... esse ombro suave... e sentiria o cheiro dos cabelos com banho recém tomado... ainda a libertar a frescura da água que te acariciou...

Perceberias o meu corpo a pedir "envolve-me"... sem eu ter de falar... e sentiria os teus braços a receber o meu corpo cansado...

Não teria de te pedir "beija-me"... pois está implícito em todos os gestos que faço... na forma como nos envolvemos... E adormeceria, então, na paz transmitida... paz de anjo...

Mas... peço-te... "Existe!"... Que insónias no singular... sem o "envolver" e o "beijar" faz com que eu também não "exista"...

Existe! Sim, porque em mim existes... mas as minhas mãos sozinhas não conseguem criar...

Fobias 2...

Antes de mais... boa noite...

Tenho perguntas simples para fazer...

Porque é que a "comunidade LGBT" tem de se "impôr"? Há necessidade? É necessário o radicalismo para haver uma sociedade de inserção?
A verdade é que a comunidade LGBT acaba por se auto-excluir socialmente, havendo uma frequentação cada vez maior de lugares (bares, cafés, restaurantes, hotéis...) virados para essa mesma comunidade.
Ou seja, quer-se a "aceitação" e inclusão na sociedade, no entanto, essa auto-exclusão não me parece o mais viável.

No entanto (entra aqui a minha "fobia") agradeço a existência desses espaços... porque aceito a comunidade LGBT como pessoas NORMAIS... IGUAIS a todas as outras, apenas diferentes na sua ORIENTAÇÃO SEXUAL (não escolha, por favor)... Portanto (e peço desculpa por alguns termos) quando se passa radicalmente de homossexual a "bicha histérica"... desculpem mas, nesse caso, sou bichofóbica...

Quando se vai a um "PRIDE" (ainda me terão de explicar esta!) e se sai de lá a pensar que não se viu ninguém NORMAL... é grave! (Não, não vou discutir a definição de "normal")

Fala-se em Pride (orgulho)... mas... confesso que não senti nenhum...

Ontem pensei naqueles dias em que não tenho medo de afirmar o que sou, em que falo em "gaydar", da noite e dos espectáculos no escritório ou com amig@s... no bem que sabe poder falar abertamente... na LIBERDADE de expressão... por oposiçao a OPRESSÃO... Muito bem... Nunca valeria de nada mudar o nome das coisas e em vez de se falar em Orgulho falar-se em Liberdade, isto porque se muda o nome mas... (pois...)

Tenho uns quantos amigos muito chegados que são transformistas e conseguem ser "Normais"... para mim a única parte boa da noite toda foi mesmo o espectáculo...

Acho que parte de cada um de nós...

(tenho sono e já me perdi)

Apenas para dizer que ontem, no Pride, não senti qualquer orgulho... apenas tenho medo de usar a palavra Vergonha porque receio que seja mal interpretada... Não tenho de ser histérica para mostrar que "I can't even draw a straight line", mas a grande verdade é que não é com atitudes como as que vi ontem que se chega a lado algum.

Ontem... senti-me homofóbica!
(Desculpem!)

sábado, 21 de julho de 2007

Fobias...



Sad, but true...

quinta-feira, 19 de julho de 2007

Gostei...

"Um dia o amor virou-se para a amizade e disse:

- Para que existes tu se já existo eu?

A amizade respondeu:

- Para repor um sorriso onde tu deixaste uma lágrima."


(obrigada M.Vieira)

Por norma não gosto deste tipo de mails... curiosamente, gostei deste...
Obrigada pela tua amizade... com amor... com sorrisos... com lágrimas...

quarta-feira, 18 de julho de 2007

A vida não pára...













Algures na letra de uma música, parei e pensei...

"A vida não pára (...) a vida é tão escassa."

Quanta verdade numa letra tão básica e tão mal cantada...

Mas... mexeu comigo, ao ponto de enviar uma sms às 5h20 da manhã... a desejar um bom dia de trabalho... porque sei que se algo me acontecesse entretanto, não me perdoaria de não ter desejado um bom dia de trabalho... de não ter enviado um beijo... de não ter assinalado um sorriso...

A vida não pára... temos de ir à luta... de que serve todo este tempo? Porquê sofrer? Porque não nos entregamos? Pelo menos saberemos sempre que vivemos em pleno e não de pé atrás!

Preciso de mudar esta minha forma de viver... de estar à sombra à espera que me chamem para o sol...

Apareces tú - La Oreja de Van Gogh

Me he prometido pedirme perdón
me he confesado con mi corazón
me he enamorado de todo mi amor
Me permití decirle al miedo adios

y de repente apareces tú
mientras me hablas hago que estoy dormida
te mentiría si negara hoy
que desde entonces solo sueño contigo


- Perdi-me nos teus olhos, nas tuas palavras que tanta vez bebi... nos teus sorrisos escritos... Volta...

(sim, isto foi um post romântico... apenas não foi lamechas)

segunda-feira, 16 de julho de 2007

Pandora...

Abriste a caixa à minha frente... vi o interior e gostei... fechaste a caixa e guardaste-a bem pertinho de mim...

"- Se tocares na caixa, ela desaparece; Se ignorares a caixa, ela deixa de estar lá."

"- Como acedo à caixa, meu anjo?"

"- Não desejes a sua abertura."

"- Então?"

"- Contempla a caixa de longe e conhece-a para que se volte a abrir... mas pode demorar... não queres outra caixa?"

"- Não... é este o conteúdo..."

"- Viste bem?"

"- Sim, vi bem."

"- Então lembra-te do seu conteúdo. E vai adicionando tudo o que vais percepcionando... Talvez a caixa volte a abrir um dia..."

O que me atravessa a mente...

If I lay here, if I just lay here, would you lie with me and just forget the world?

...
?

Gethsemane

Gethsemane (blog paralelo)

Simplesmente lindo! De longe a minha música favorita... toca lá bem no fundo!

sábado, 14 de julho de 2007

Mar...














Estou na areia... olho para a imensidão do mar... Que pequeninos somos... todos... Perante a imensidão do areal e do mar... o que somos nós? O que é o que sentimos uns pelos outros?

O meu fascínio pela astronomia faz-me pensar o mesmo... o que somos nós?

Amor? O que é o amor? Que força é essa? Face à força que move as ondas? As estrelas? Os planetas? O Universo? Somos tão, mas tão minúsculos... praticamente inexistentes... e ainda pensamos que o Amor move montanhas... o que é uma montanha face à imensidão... à simples distância entre dois planetas... ???

Mas... na nossa pequenez perguntamos... O que é o Universo? Que é toda essa imensidão para mim?

- Se estando aqui faço parte do Universo, faço parte da imensidão. Deixa que o que sinto me mova... Deixa que seja o Amor a comandar o Universo... Deixa-me comandar o meu destino, sem pensar em forças maiores que movem estrelas, planetas ou cometas... Sê tu essa força em mim... Deixa-me ser essa força em ti... E ao sentir teus dedos intercalados nos meus parar toda a rotação do mundo, ao ver um sorriso parar a luz (por maior velocidade que tenha), ao sentir teus lábios implodir como uma onda que se enrola, para se estender e envolver na areia, até tocar meus pés...

Abro os olhos... não estás cá... nunca estiveste... mas mantenho a espuma da onda...

quinta-feira, 12 de julho de 2007

Palavras... leva-as o vento...

Pode parecer que despejo palavras à toa neste espaço... tanto que me dei ao "trabalho" de deixar este post aqui e agora, mas são dez para as seis da manhã e não apetece aborrecer ninguém com mensagens...

Esta falta de contacto...

Apenas te desejo o melhor... e que superes esta fase da tua vida...

parafraseando-te: "beijinho grande"

quarta-feira, 11 de julho de 2007

Heart vs Mind...

"Foi um processo longo e difícil, como sempre o são as aproximações entre duas pessoas habituadas a estarem sozinhas. Primeiro parece fácil, é o coração que arrasta a cabeça, a vontade de ser feliz que cala as dúvidas e os medos. Mas depois é a cabeça que trava o coração, as pequenas coisas que parecem derrotar as grandes, um sufoco inexplicável que parece instalar-se onde dantes estava a intimidade. É preciso saber passar tudo isso e conseguir chegar mais além, onde a cumplicidade , de tudo, o mais difícil de atingir, os torna verdadeiramente amantes."

in Não Te Deixarei Morrer, David Crockett, de Miguel de Sousa Tavares

Acredito...

"E de novo acredito que nada do que é importante se perde verdadeiramente. Apenas nos iludimos, julgando ser donos das coisas, dos instantes e dos outros. Comigo caminham todos os mortos que amei, todos os amigos que se afastaram, todos os dias felizes que se acabaram. Não perdi nada, apenas a ilusão de que tudo podia ser meu para sempre."

in Não Te Deixarei Morrer, David Crockett, de Miguel de Sousa Tavares

sábado, 7 de julho de 2007

Solidão...

Estou no café... o mesmo café de sempre...

Oiço a minha música para abafar as músicas tristes e calmas da RFM... consigo perceber a voz do Olavo... fiel? será que terei essa oportunidade?

Olho à volta... vazio... um casal... um sr. já com alguma idade... de resto... eu...

Prendo-me na Internet... nas conversas reais "virtuais" que nunca levam a lado nenhum... são as minhas telenovelas... este alimentar-me das histórias românticas... dramas... o contactar e perguntar "como correu" para ficar a saber o episódio mais recente... sim... afinal "vejo" telenovelas...

Preferia apenas dormir... em vez de vivenciar estes momentos de apatia... de não ter que fazer... com quem (todos de férias ao mesmo tempo)... em que tudo se resume ao monitor de um computador... a esta mesa...

Quero mais na minha vida...

Pyramid Song

Pyramid Song (blog paralelo)

Um arrepio...



Agradeço ao meu amor por me ter mostrado esta música...
Já me acompanha há um ano...

Queria imagens sem ser ao vivo... mas parece que não há... (do dueto, claro!)

Uma cidade...

Deixo aqui alguns momentos de um dos filmes que mais me toca.

Aconselho a leitura num daqueles momentos de... "inspiração divina"!














Susan: What good would wings be if you couldn't feel the wind on your face?

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Seth: You're a good doctor.
Maggie: How do you know?
Seth: I have a feeling.
Maggie: Yeah, well that's pretty flimsy evidence.
Seth: Close your eyes. Just for a second... what am I doing?
Maggie: You're... touching me.
Seth: How do you know?
Maggie: Because, I feel it.
Seth: You should trust that. You don't trust it enough.

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Seth: Hello Maggie! It's nice to see you again.
Maggie Rice: It's weird to see you again.
Seth: Weird is nice.

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Seth: Let's go.
Maggie: Where?
Seth: Anywhere.
Maggie: What'll we do?
Seth: Anything.

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Seth: What's that like? What's it taste like? Describe it like Hemingway.
Maggie Rice: Well, it tastes like a pear. You don't know what a pear tastes like?
Seth: I don't know what a pear tastes like to you.
Maggie Rice: Sweet, juicy, soft on your tongue, grainy like a sugary sand that dissolves in your mouth. How's that?
Seth: It's perfect.

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Seth: Why do people cry?
Maggie: What do you mean?
Seth: I mean... what happens physically?
Maggie: Well... umm... tear ducts operate on a normal basis to lubricate and protect the eye and when you have an emotion they overreact and create tears.
Seth: Why? Why do they overreact?
Maggie: [pause] I don't know.
Seth: Maybe... maybe emotion becomes so intense your body just can't contain it. Your mind and your feelings become too powerful... and your body weeps.

Alter-egos... BrokenAngel... AloneAgain



OK... depois de inserir alguns textos... eis que começa o "despejar de texto"...

Vou então passar a explicar os meus Alter-Egos (outros "eu" que nada mais são que eu própria).

BrokenAngel...
O mais recente e "em vigor"...
Há cerca de dois meses e meio, "re-encontrei" alguém que conheci no Verão de 2000. Houve um "conhecer"... ou seja, de conhecimento passou-se a amizade... uma amizade muito íntima... de troca intensa de pensamentos... carências... desejos...
Essa pessoa "apelidou-me" de Anjo Quebrado e eu, que de anjos apenas soube o que a minha querida professora de linguística ensinou (ordens de anjos e afins), perguntei o que era um "Anjo Quebrado"... "Não há definição... sou eu que o sinto em ti..."
Pois bem,... sou um Anjo Quebrado... à espera que alguém me recupere... Tenho asas que de tão partidas terem ficado, já desaprenderam como se voa...
Procuro sair deste poço onde caí... pouco a pouco vou-me levantando... pouco a pouco... as asas abrem e agitam-se... mas para voar vai ser preciso muito...



AloneAgain...
As saudades deste Alter-Ego... uma vivência diferente... o Anjo antes de quebrar... (ficou tudo explicado...)
Um Alter-Ego de consciencialização de solidão... após um ano de luta para recuperar alguém que tive de perder para recuperar... alguém que, neste momento, é das pessoas que mais próximas estão de mim... Sim... Foi preciso estar/ser AloneAgain para poder viver, passar por Antares e cair... tornando-me no que sou... um Anjo Quebrado...


Antares
Breve passagem pelo "coração do escorpião"... o momento da queda... o Quebrar...

Yours trully,
BrokenAngel

I'll Keep Your Memory Vague

I'll Keep Your Memory Vague (blog paralelo)

IV

És tu! És tu! Sempre vieste, enfim!
Oiço de novo o riso dos teus passos!
És tu que eu vejo a estender-me os braços
Que Deus criou pra me abraçar a mim!

Tudo é divino e santo visto assim...
Foram-se os desalentos, os cansaços...
O mundo não é mundo: é um jardim!
Um céu aberto: longes, os espaços!

Prende-me toda, Amor, prende-me bem!
Que vês tu em redor? Não há ninguém!
A Terra? - Um astro morto que flutua...

Tudo o que é chama a arder, tudo o que sente,
Tudo o que é vida e vibra eternamente
É tu seres meu, Amor, e eu ser tua!



(A minha alentejana linda...)

sexta-feira, 6 de julho de 2007

Anjo és


















Anjo és tu, que esse poder
Jamais o teve mulher,
Jamais o há-de ter em mim.
Anjo és, que me domina
Teu ser o meu ser sem fim;
Minha razão insolente
Ao teu capricho se inclina,
E minha alma forte, ardente,
Que nenhum jugo respeita,
Covardemente sujeita
Anda humilde a teu poder.
Anjo és tu, não és mulher.

Anjo és. Mas que anjo és tu?
Em tua fronte anuviada
Não vejo a c´roa nevada
Das alvas rosas do céu.
Em teu seio ardente e nu
Não vejo ondear o véu
Com que o sôfrego pudor
Vela os mistérios d`amor.
Teus olhos têm negra a cor,
Cor de noite sem estrela;
A é chama vivaz e é bela,
Mas luz não têm.-Que anjo és tu?
Em nome de quem vieste?
Paz ou guerra me trouxeste
De Jeová ou Belzebu?

Não respondes - e em teus braços
Com frenéticos abraços
Me tens apertado, estreito!...
Isto que me cai no peito
Que foi?... -Lágrima? -Escaldou-me...
Queima, abrasa, ulcera... Dou-me,
Dou-me a ti, anjo maldito,
Que este ardor que me devora
É já fogo de precito,
Fogo eterno, que em má hora
Trouxeste de lá... De onde?
Em que mistérios se esconde
Teu fatal, estranho ser!
Anjo és tu ou és mulher?

Almeida Garrett

Lições de vida

Já amei... já fui amada...

Já dei de mim... já recebi...

Nunca o suficiente...

Quer-se sempre mais... no meu caso, quero dar mais... Sinto tudo cá dentro prestes a rebentar...

Aprende-se que não se pode ter o pé atrás... que estamos aqui para sofrer... é a lição nº1!

Se se sente... é para ir à luta... A vitória sabe melhor... e a derrota... essa é a lição!

Fez-se silêncio na escuridão...

É nesses momentos de silêncio que se revelam as coisas que existem no interior da nossa mente...

Quantas vezes foi um momento de silêncio que levou a um tocar de mãos... a um sorriso mais intenso... a um beijo... a um gesto mais intenso...???

Criei este momento de silêncio... porque as palavras são tudo o que é transmitido (linguisticamente chama-se texto a tudo o que transmite informação... um sorriso tem texto)...

Que aqui consiga ver na minha escuridão...
Que aqui consiga falar no meu silêncio...